Celular Também Tem Vírus ?
O Brasil tem hoje, segundo dados divulgados há pouco tempo pelo jornalista Ethvaldo Siqueira, 60 milhões de internautas. Um número grande, sem dúvida, mas que ainda fica bastante aquém dos 170 milhões de aparelhos celulares projetados para estarem em funcionamento no Brasil até o fim de 2009. Esses aparelhos, que só fazem crescer em capacidade de processamento e memória, também são alvo de pragas eletrônicas, e a história do desenvolvimento dessas pragas encontra paralelos interessantes com as pragas de computador. O agravante é que enquanto a história dos códigos maliciosos de computador demorou vinte e cinco anos para chegar ao ponto em que se encontra hoje, os códigos maliciosos de celular evoluíram em meros cinco anos. Lá em 2004, com a introdução dos primeiros smartphones no mercado internacional, surgiram os primeiros vírus de celular. Os smartphones, é bom lembrar, são aparelhos com capacidade de processamento superior, que permite a execução de aplicativos que vão além das chamadas telefônicas. Funções de agenda, leitura e edição de texto, programas de cálculo matemático e contábil, jogos e muitos outros são possíveis nesses aparelhos, que inclusive permitem a troca de dados através dos aplicativos. Em poucas palavras, são computadores de bolso. Pois bem, esses aparelhos permitiram o surgimento de vírus que em nada diferiam dos primeiros vírus de computador, cujo objetivo era se fazerem notar, “bagunçando” a interface, apagando dados e se espalhando para outros aparelhos. Uns poucos eram criados para roubar dados de agenda e enviá-los para os criadores, mas quase nada além disso. Um estudo da Kaspersky de 2006 mostrava que das 31 famílias de vírus catalogadas pela empresa, a vasta maioria só realizava ações de vandalismo, com pouco mais que dor de cabeça como prejuízo. Este cenário mudou bastante nos dias de hoje. Da mesma forma que o objetivo dos códigos maliciosos de computador é extrair ganho financeiro para seus criadores, o mesmo ocorre com as pragas de celular. Os cavalos de troia de computador tentam se esconder e chamar o mínimo possível a atenção dos usuários? Os de celular agem da mesma forma. As pragas virtuais de computador tentam gravar as teclas de senha de acesso a contas de banco e que tais para que seus criadores possam lucrar com o dinheiro alheio? As de celular também buscam o lucro. Ocorre que esse lucro, nos celulares, pode ser obtido enviando mensagens SMS para serviços caros de assinatura, que o usuário só vai perceber na conta do mês seguinte. Aí começa um périplo longo e sinuoso, que exigirá uma paciência enorme e uma perseverança cavalar até que a vítima consiga cancelar o serviço e se livrar da conta. E se em 2006, das 31 famílias de vírus apenas uma delas enviava mensagens SMS, hoje o cenário é bem diferente: das 75 famílias de códigos maliciosos catalogadas pela Kaspersky, 33 delas enviam mensagens SMS, uma faz chamadas para serviços pagos, e uma apaga arquivos e exige dinheiro para que pare de agir sobre o aparelho infectado. Uma mudança e tanto de estratégia, não? Outra mudança interessante de cenário é o fato de que de 2004 a 2006 o sistema operacional móvel mais atacado era o Symbian, da Nokia. Hoje em dia os códigos maliciosos já agem sobre vários sistemas operacionais móveis, tais como o próprio Symbian, o Python, o Windows CE e o Android. Mas a preferência dos ciber-criminosos tem sido desenvolver códigos maliciosos independentes da plataforma. Para isso escolhem o ambiente Java para suas criações. Aparelhos rodando quase todos os sistemas operacionais móveis conseguem executar aplicativos desenvolvidos em Java, e os vírus e cavalos de troia hoje em dia conseguem ultrapassar a barreira da marca do celular. Nesse cenário, alguns cuidados são mandatórios para manter seu celular seguro. Em primeiro lugar, não emprestar o celular para desconhecidos. Se for fazê-lo, execute a operação para a pessoa, e só lhe entregue o aparelho para falar. Deixar um estranho operar seu celular é colocar-se em risco. Uma mensagem mal-intencionada enviada via SMS pode se tornar um enorme transtorno. Outra coisa importante é só instalar aplicativos cuja procedência seja conhecida. Só abra e execute mensagens SMS e MMS de quem você conheça, e se tiver alguma dúvida, fale com o remetente antes de abrir. Alguns vírus chegam como supostas mensagens da operadora, informando sobre uma falsa promoção de acesso gratuito à Internet via WAP bastando para tanto que o usuário envie uma mensagem SMS. Na realidade a mensagem enviada busca o vírus e o instala no aparelho. Outras pragas vêm como pacotes de ringtones de sites que supostamente os dão de graça. É bom desconfiar dessas “pechinchas” se a procedência não for conhecida ou se a esmola for demais. SÃO PAULO - Um novo vírus móvel, o Transmitter.C, está sendo distribuído via SMS ou embutido em aplicações legítimas para smartphones da plataforma Symbian. Segundo pesquisadores da empresa NetQin Technology, o Transmitter.C fica camuflado numa aplicação normal para celulares. Logo após se instalar, o invasor começa a enviar mensagens SMS, um a cada 10 a 15 segundos. Curiosamente, os números dos destinatários são estranhos, ou seja, não são contatos do celular infectado. Somente depois de enviar cerca de 500 SMS a números desconhecidos, o virus passa a enviá-los também aos contatos cadastrados no aparelho invadido. As mensagens contêm sugestões de conteúdo erótico e trazem no final o convite para que o usuário visite uma URL. O registro dos SMS não fica na caixa de mensagens enviadas. Se o destinatário da mensagem clica no link, faz o download do virus para seu próprio celular ou smartphone e passa a ser mais um distribuidor do Transmitter.C. Outra forma de propagação desse programa nocivo é sua ocultação em aplicativos legítimos colocados em fóruns e sites. Além de causar prejuízos à vítima – impondo-lhe o custo de envio de centenas de mensagens –, o Transmitter, segundo a NetQin, também pode assinar serviços para o usuário. Vírus no celular??? Quem diria que falar ao celular em um ponto de ônibus poderia trazer alguma ameaça. Os vírus comuns em computadores agora atacam telefones móveis. Dependendo do modelo e da tecnologia do aparelho, o celular pode ser infectado por um vírus. Se um modelo infectado estiver a uma distância de ao menos 50 metros de um outro modelo similar, o vírus pode se propagar. O primeiro ataque de um vírus ao um celular foi registrado no ano passado. A tecnologia chamada bluetooth criada para possibilitar a troca de informações de um celular para outro, ou para um computador, é o que permite a propagação dos vírus. "Da mesma forma que um vírus pode infectar um computador, ele também pode infectar um celular. As tecnologias migraram de um aparelho para outro", disse Denny Roger, especialista em segurança digital. Como nos computadores, os vírus de celular podem estar armazenados em mensagens de textos e arquivos para download. A modelo Paris Hilton foi a vítima mais ilustre dos hackers em plena festa do Oscar. Ela teve sua agenda pessoal roubada. Os hackers colocaram os telefones da agenda da modelo na internet. Segundo o especialista, uma simples embalagem de batata, com um pedaço de antena de TV, conectada a um computador portátil, pode propagar o vírus em um raio de cem metros. Além de violar dados pessoais, os vírus descarregam baterias dos celulares e pode apagar a memória do aparelho. "Hoje, é possível forçar que vários aparelhos liguem ao mesmo tempo, por exemplo, para o telefone da polícia [190], provocando uma sobrecarga no sistema de telefonia da polícia. Os vírus também podem fazer ligações indevidas", disse Roger. O especialista afirma que os usuários de telefonia móvel não devem de assustar com os vírus e dá dicas preventivas: "É preciso ficar atento às perguntas que aparecem no celular. É necessário ter atenção se você quer ou não instalar determinado programa. Um vírus pode estar sendo instalado. Hoje, há recursos de anti-vírus para celulares que são gratuitos. São ferramentas que minimizam os riscos".
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Perguntei a um sábio a diferença que havia entre amor e amizade, ele me disse essa verdade: O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura. O Amor nos dá asas, a Amizade o chão. No Amor há mais carinho, na Amizade, compreensão. O Amor é plantado e com carinho cultivado, a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira. Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho. Quando se tem um amigo ou uma grande paixão, ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração.